Quero encontrar-te.
Quero encontrar-te e poder fechar-me dentro de ti, para nunca mais de ti separar-me.
Dá-me ar. Fura o meu pescoço, para que os meus lábios só sirvam para te beijar.
Oh doce licor de amor que transborda da tua língua e me afoga em desejo e vício. É o que tu és.
Vive para me ver respirar. Perde-te em mim. Faz-me gritar. O meu mundo é teu e por ti não deixa de girar. Só por ti.
Rasgo-te a pele e deixo-te em carne viva enquanto me mordes a pele e me amarras ao teu peito. Só te sei sentir a ti. Só sei sentir a tua música. O teu medo. Na minha cabeça mora o medo de me perder em ti e nunca mais a luz do dia encontrar. Na escuridão do vício não quero morrer. O meu coração abafa-me a voz da razão e mata-me as aos poucos com a loucura do teu nome. Fazes-me parar de respirar. O desespero é tanto que me sinto a arranhar a garganta para encontrar uma entrada para viver. Os meus lábios recusam-se a abrir, só para beber dos teus lábios o que mais quero saborear.
E vivo assim. Presa por um fio condutor ao motor que dispara sempre que te vejo. As palpitações são paralisantes. Sinto-me a parar.
Quero encontrar-te. Matar-te aos poucos como me fazes sempre que me dás a provar do teu veneno. Quero rasgar a tua pele, deixar-te em carne viva, escravizar as tuas veias e asfixiar-te no momento em que disparas de prazer contra mim, contra a parede onde me atiras contra. Se pudesses ler a minha mente era isto que encontrarias. Ódio por tanto de amar. Quero deixar-te sem ar. Gritos de prazer e dor, é sangue o que o meu amor transborda. O teu sangue louco a ferver de amor. Louco. Quero encontrar-te. Louca.
(Um completo estado de loucura que cresce na minha mente e escreve quando tem poder.)
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