29.7.11

Gostava de saber o que te traz novamente aqui. Deixaste-me há algum tempo, não vou dizer de uma forma fria mas sim de uma forma, pensava eu, permanente. Levaste o que te pertencia e o que me magoava deitei eu fora. Sabes que não suporto memórias, que não sou o género de deprimir-me nelas, de afogar-me nelas. Passei bem sem ti, sem o meu amor por ti, sem qualquer coisa por ti, mas agora voltas. Agora voltas, como quem quer voltar, quem quer perdão, um perdão que não tem como existir, pois as razões nunca chegaram a nascer. Saíste há algum tempo e eu aceitei. Aceitei muio bem, aliás. Às vezes simplesmente precisamos que alguém tome a iniciativa, precisamos que alguém tenha a coragem que, cobardemente, nós não temos. Mas agora que. Uma vez que. Portanto tu. Voltar. Tu voltas e eu não quero, quer dizer, eu desejo-te, como Adão e Eva desejaram aquela maçã, mas não sou idiota, embora medrosa. Acabarás por voltar a sair, por enquanto eu aguento e sonho o dia em te fartes desta nova história e decidas, de novo, abandonar o barco.

- Há 20 dias que não escrevia.

28.7.11


Eu gosto é do verão lá lá