11.4.11

"As coisas não podiam desenhar-se nas curvas mais adequadas. Aliás, eu completo-me debaixo do teu braço e tu completas-te na forma do meu corpo. E ficámos assim, horas e horas a desenhar no céu, o nosso drama de amor.
Não me canso de te abraçar e cheirar o teu perfume, ao mesmo tempo que pegas em mim e sussuras-me histórias ao ouvido. És o meu grilo que passeia sobre a minha consciência e me faz feliz à medida que eu atravesso a parede do meu dia-a-dia. Mas retomando à parte em que pegas em mim, que prazer (neste momento sinto-me a morder o lábio), sinto-me livre e completamente segura, e juro-te que não há nada melhor que isso.
E ao fim de todas as nossas noites de loucuras e piadas sem nexo e com muito amor, acordo sobre o teu peito, enquanto mexes em madeixas do meu escuro cabelo. Dizes que o perfume não podia ser o mais adequado ao momento. Ou, também sabe muito bem, acordar contigo sentado ao lado da cama, a desenhar, por entre o carvão, as curvas por quais te dizes perder...
E ao cheirar os teus dedos, apercebo-me que as melhores coisas estão ao teu lado e que nada poderia ser melhor. Pinta-me o rosto, morde-me os lábios, sorri para os meus olhos. És tu quem eu quero, para sempre, ao meu lado. Tiago." 
09/05/10

Isto foi há quase um ano. E agora, onde estás tu, velha eu?

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